As Posições dos Jogadores: “Lateral” ou “ala”? Que maravilha! Quando o nome ajuda, tudo fica fácil! É óbvio que o lateral é aquele jogador que joga na lateral do campo, certo? Sim, e além disso normalmente é ele quem cobra os arremessos laterais. Mas qual a diferença entre o ala e o lateral? Será que são apenas dois nomes para a mesma função? Com certeza não. Os laterais fazem parte da linha defensiva, enquanto os alas são jogadores de meio campo e não tem que se preocupar tanto com a marcação. Exemplos Reais - Laterais:
Ainda podemos encontrar outras diferenças entre essas funções, principalmente se compararmos as equipes brasileiras e européias, as quais têm outros conceitos sobre o assunto. Será possível uma mesma equipe usar laterais e alas? Laterais podem ser mais parecidos com zagueiros do que com alas? Por enquanto estas perguntas ficarão sem resposta, mas voltaremos a abordar o assunto em outra oportunidade! |
As Posições dos Jogadores: “Lateral” ou “ala”?
29 de jul. de 2008
As Posições dos Jogadores: O “Volante” no Futebol
26 de jul. de 2008
As Posições dos Jogadores: O “Volante” no Futebol Você consegue imaginar o futebol moderno sem pensar nas posições e funções de cada zagueiro? Basta colocar 10 jogadores de cada lado mais um goleiro defendendo cada meta e o jogo está pronto para começar? Não, sem dúvida. Até mesmo nas “peladas” mais informais os jogadores se organizam (ou tentam!) em zagueiros, meias e atacantes... no mínimo alguém fala: “Vai lá pra frente que eu fico na defesa!” E se quisermos ir um pouquinho mais longe, vamos lembrar dos laterais, alas, meia atacantes, volantes... Ou até mesmo sobras da zaga, pontas, número 1, etc., que são subdivisões de posições tradicionais. Mas hoje vamos nos concentrar nos volantes!
Fácil? Difícil? Antes de mais nada, não se esqueça que é uma interpretação subjetiva do jogo (no caso, da figura) e que podem haver discordâncias entre observadores.
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Sistemas Táticos: 3-5-2 Conceitos Básicos
23 de jul. de 2008
Sistemas Táticos: 3-5-2 Conceitos Básicos Você sabe o que é um sistema tático? Sabe quais são os conceitos básicos do 3-5-2? Se deseja saber alguns detalhes sobre esse sistema, aí vão algumas considerações!
Exemplos Reais:
Essas foram algumas considerações básicas sobre o 3-5-2. Em outra oportunidade falaremos sobre as variações, vantagens e desvantagens, diferenças entre países e considerações avançadas sobre o sistema. Fique ligado! |
Os Números da 13ª Rodada!
22 de jul. de 2008
Os Números da 13ª Rodada!
Assisitiu o jogo do seu time nessa rodada? Gostou do jogo? A equipe jogou bem? Acertou passes e lançamentos longos? Fez muitas faltas? Veja os números da rodada e tire suas conclusões!
Dados Fornecidos Pela ScoutOnline
Sistemas Táticos: 4-4-2 Conceitos Básicos
17 de jul. de 2008
Sistemas Táticos: 4-4-2 Conceitos Básicos Você sabe o que é um sistema tático? Sabe quais são os conceitos básicos do 4-4-2? Se deseja saber alguns detalhes sobre esse sistema, aí vão algumas considerações!
Exemplos Reais:
Essas foram algumas considerações básicas sobre o 4-4-2. Em outra oportunidade falaremos sobre as variações, vantagens e desvantagens, diferenças entre países e considerações avançadas sobre o sistema. Fique ligado! |
Os Números da 11ª rodada!
Os Números da 11ª Rodada!
Assisitiu o jogo do seu time nessa rodada? Gostou do jogo? A equipe jogou bem? Acertou passes e lançamentos longos? Fez muitas faltas? Veja os números da rodada e tire suas conclusões!
Dados Fornecidos Pela ScoutOnline
Bola de Capotão
15 de jul. de 2008
Bola de Capotão
FINAL
Cheio de glória mesmo foi o dia em que alguns dos jogadores do time principal da cidade treinaram conosco. Para eles, certamente, uma brincadeira e sequer poderiam imaginar que, passados cinqüenta anos e aquela tarde estaria viva em meu imaginário como se tivesse ocorrido ontem.
Eram dois deles, e dos melhores. Aqueles a quem assistia admirado nas tardes de domingo nos campeonatos oficiais. A quem observava paramentando-se nos vestiários, local ao qual tinha acesso por conta do “tubarão”. O inesquecível odor de éter e pomada de cânfora, usada as tantadas pelo massagista preparando os atletas para a partida; e as ataduras apertadas aos tornozelos antes dos meiões; e as chuteiras de 10 ou 12 cravos e seu som inconfundível no piso duro do vestiário e, finalmente, a camisa de listas tricolores verticais com o escudo no lado esquerdo do peito. Mundo fantástico aos olhos de uma criança que se imaginava um deles ao entrarem em campo, saudados como heróis de um pequeno vilarejo.
Mas neste dia treinariam conosco: Mi, vigoroso zagueiro-central com um chute poderoso em sua perna direita e, Toninho Mancini, o “nosso camisa 10”, habilidoso coordenador de meio campo e que chegava ao gol com rara eficiência. Meio rechonchudo, mas grande jogador, meu ídolo e de toda a turma.
Mal podia acreditar, eu entre eles, por força de minha bola de capotão, não importa, precisava de garantias, mas valia tudo para ali estar. Tirado o par-ou-ímpar, hoje pelas visitas ilustres, os times foram montados. Fui o penúltimo a ser escolhido, meu amigo Zé Ito fechou a fila. Definidos os com-camisas e sem-camisas, quem ataca para onde, e tudo estava pronto. Nunca havia juiz em nossas peladas e as decisões sobre faltas ou o que quer que fosse, eram tomadas por consenso, rapidamente e sem brigas. Vez por outra, até desculpas por parte do infrator eram ouvidas. E a peleja teve início, amistosa para alguns, das mais importantes para outros, a da vida para mim.
A certa altura, Landinho recebe belo passe de Mi, levanta a cabeça já na entrada da grande área, canto direito e toca de primeira para alguém bem posicionado dentro da pequena área, pela esquerda, livre com a saída do goleiro para diminuir o ângulo pela direita. Passe no pé, açucarado, para quem? Eu mesmo, euzinho. Lá estava, na esquerda do ataque, em ótima posição e não por acaso, tampouco para fugir da jogada que se fazia toda pela direita, mas porque ali me coloquei por puro “instinto de goleador!?”
Ficou só no instinto. A grossura falou mais alto. O arremate matador não saiu, travei, não acreditei que pudesse estar acontecendo. As pernas endureceram, os pés transformaram-se em duas pesadas e desengonçadas bigornas imprestáveis. O goleiro Peixito já fechava meu ângulo para a finalização que nunca se fez e Toninho Mancini tomou-me a bola como quem rouba pirulito de criança. Nada elogiosos foram os impropérios que ouvi, revoltados, irados com tal demonstração de falta de talento. Fiquei arrasado. Compadeceu-se de mim apenas minha bola de capotão, meu Wilson companheiro único de um fragoroso naufrágio. Mas continuei. Algo de bom teria que me estar reservado naquela tarde tão especial, ou desistiria para sempre.
O jogo prosseguiu acirrado, com todos querendo se dar bem, como se a presença do pessoal do time de cima fizesse parte de sondagens para a seleção brasileira. Eu não aspirava nada disso, queria mesmo é livrar minha cara do vexame horroroso que havia aprontado. De repente, uma oportunidade: bola espirrada, que passe não recebia mais, sobra a meio caminho entre mim e, meu Deus!, Toninho Mancini, ele, novamente! Parti para a bola, ele também. Corri o máximo que minhas pernas permitiam, coração ainda mais acelerado, e chegamos juntos. Choque desigual. Toninho, com muita habilidade, prende a bola entre seu calcanhar esquerdo e o pé direito, joga ambas as pernas em movimento rápido por detrás do corpo e, resultado, a bola sobe o suficiente para passar ligeiramente acima de minha cabeça. Eu, no embalo que vinha, fui. Passei batido como touro no pano e a única coisa que vi foi o riso malicioso e zombeteiro de alguns. Ainda, na tentativa extrema de salvar-me de mais um vexame, tentei frear, voltar e tomar a pelota. Quem já jogou bola alguma vez na vida sabe que seria impossível, e foi. Apenas consegui escorregar e pranchar no chão feito uma abóbora. Pronto, estava feito; uma nova vergonha para o meu já extenso currículo. Como no anterior, continuei; como sempre, para desgosto de meus companheiros.
A tarde já descia e meu tempo para resgates ia ficando menor. Eu corria, esgoelava pedindo em vão um passe, uma bola boa, uma assistência. Ameacei levar a bola embora, jurei vingança, apelei para tudo que me veio à mente e, nada. Só por Deus. Era apenas um Aedes em campo, incomodava menos que mosca de banana.
A partida estava empatada, o meu “jogo da vida” estava igual em três gols para cada lado e tudo parecia irremediavelmente perdido. Mas então, um contra-ataque: espetacular defesa de nosso goleiro, bola rebatida e Mi a retoma. Livra-se de Zé Pindoba e procura alguém para passar, prende um pouco a jogada, olha novamente e descrente e sem alternativa, passa-me a bola no grande círculo. Ela vem em minha direção, rasteira e esperta e não há tempo para pensar no que fazer, eu era só instinto. Deixei a bola passar rente a meu pé esquerdo e, sem tocá-la, girei o corpo em 180 graus para partir rumo ao gol, sempre em movimento e sem perder seu domínio. Fiz a volta certinha e, quando levanto o olhar, vejo um gigante correndo em minha direção. Era Toninho Mancini se interpondo, novamente, bem à frente e em velocidade, e crescendo. E aí, pintou o craque: com a ponta de meu pé direito, desviei com sutileza a trajetória da bola, que passou rente por seu lado esquerdo, enquanto eu contornava pela sua direita e retomava a bola bem às suas costas. Ele, tomado de surpresa com a rapidez com que tudo aconteceu, sem acreditar que havia tomado o drible-da-vaca, parou e voltou-se ainda a tempo de me ver fazer precioso passe ao Pelé que se deslocava velozmente pela direita. Recebeu e, também rápido, tocou para Calango, já na área e de primeira, vencer Peixito e desempatar o jogo. E foi a glória, e foi a minha glória.
Enquanto todos festejavam, alguém me deu um carinhoso cascudo pelas costas, me virei, olhei e Toninho, meu ídolo, com um sorriso no rosto disse-me: “bela jogada, garoto”.
O jogo terminou e nós vencemos.
Apanhei minha bola, a coloquei sob o braço e caminhei para casa. Uma longa sombra de meu corpo que o sol, já bem baixo no horizonte, fazia projetar bem a minha frente, deu-me a dimensão de como me sentia naquele instante, naquele caminho tantas e tantas vezes trilhado. Era a fantasia do menino o transformando momentaneamente e para sempre num grande craque, tão grande quanto a sombra que o acompanhava. Levantei o braço em aceno a mim mesmo e a mágica tornou-se ainda maior, em fundo avermelhado cortado pelas demarcações brancas do campo de futebol. Quiquei minha bola no chão uma vez, outra e outra mais e a retomei ao braço. O som que ouvi de meu capotão era pura música aos meus ouvidos, era o alarido enlouquecido da galera, saudando minha saída.
Fui tirado de meu quase transe por minha mãe, recomendando que pusesse a roupa que usava no cesto de roupas sujas. Assim o fiz e ao mesmo tempo em que a água do chuveiro limpava meu corpo suarento, a alma já lavada colocava em meu cesto de memórias, no espaço reservado ao futebol, minha grande paixão de criança, a mais pura e definitiva lembrança, tão viva hoje como se hoje tivesse ocorrido.
Bola de Capotão
13 de jul. de 2008
Bola de Capotão
Parte III
Eu queria ser bom, mas era um grosso. Como perseverar e sobreviver num ambiente tão hostil? Pois eu consegui! Até alguns poucos momentos de glória eu vivi. Como foi isso?
Há cerca de 40 anos, nas pequenas cidades do interior paulista, como na minha, havia três figuras poderosas em torno das quais a comunidade se organizava social, religiosa e economicamente: o padre, o prefeito e o médico. Eu era filho de uma delas. Do padre é que não, pois, oficialmente, não os tinha. Menos ainda do prefeito, opositor ferrenho de meu pai. Mas do médico, este sim, o mais rico e poderoso entre os poderosos. Era conhecido em toda região como o “tubarão” e eu, por decorrência natural, o “filho do tubarão”. Se isso era bom ou não para ele, na ingenuidade de criança, eu nem sabia, mas para mim era uma beleza. Tinha o maior orgulho em ser conhecido assim, era de respeito – talvez até de zombaria, mas nunca percebi -, estufava o peito e tirava vantagem. Nada de folgar muito para cima de mim, pois o temiam. As razões? Nunca soube bem e não importava. Em meu universo infantil a lenda era infinitamente mais importante que o fato, portanto, bolas para a realidade, bolas para os adultos e seus problemas e, bolas para mim, mas as de capotão. Lá no futebol, em meio aos craques, aos bons de bola, eu era o dono da bola. A bola de capotão era minha, meu passaporte seguro entre eles, meu valioso objeto de barganha, minha garantia de espaço no campo de jogo, meu definitivo antídoto para o famigerado banco. Reluzentes, feitas do mais puro couro, costuradas à mão em gomos de encaixe perfeito, redondas como lua cheia, macias feito miolo de pão e cheirosas como congote de menina. Sempre novas e besuntadas com o mais puro sebo de boi que eu mesmo encomendava direto do matadouro; bem cheias porque eu também tinha bomba e bigulim. E que som elas faziam! Pura melodia ao tocarem o solo, percutidas pelas mãos orgulhosas de seu dono. Era uma perder o viço e já havia outra, bastavam algumas boas notas no boletim, o que era uma sopa.
E eram minhas, só minhas e de mais ninguém, pois não as tinham, minhas adoráveis e inseparáveis bolas de capotão. E só tem jogo se eu jogar; eu e meus amigos da reserva, Piuí e Zé Ito. E quero bola no pé e camisa dez nas costas. Quero assistência, que construir não sei, e bola baixa, que no cabeceio sou ruim e, nada de bronca se chutar para fora. Quero ver quem pode, sou o “filho do tubarão”.
Virei o jogo e me esbaldei, tornei-me cativo. Não titular, reconhecia meus limites, mas nunca mais fiquei fora dos treinos, nunca mais os assisti lá do banco, nunca mais fui gandula, nunca mais fui invisível; eu, o dono da bola, Piuí e Zé Ito, meus protegidos.
Vali-me do recurso possível, não por qualquer capricho ou impertinência, mas porque gostava de jogar bola, queria acertar, queria muito melhorar, queria alguma admiração e respeito e, acima de tudo, queria divertir-me com os amigos nos finais de tarde ensolarados de minha pequena cidade. Tanto que, por inúmeras vezes, impedido de jogar por algum outro motivo familiar, nunca hesitei em emprestar meu capotão, disponibilizando meu precioso trunfo para diversão da turma.
Queria espaço e respeito. Nunca mais fui o último escolhido no par-ou-ímpar para a formação dos times. Agora eu punha os dedos, eu e Piuí ou Zé Ito. Nós escolhíamos, começando, evidentemente, pelos mais fortes: eu quero o Pelé, eu o Landinho; Calango para mim, eu o Cheque, e assim por diante. Não mudamos a filosofia essencial, apenas, ingenuamente, empurramos o problema para outros; mas não seria esta a ética das crianças?
E jogávamos todos os dias até o sol se pôr e ele o fazia bem aos nossos olhos, em espetáculos vermelhos e inesquecíveis. Nossas sombras esticando-se compridas e engraçadas, cruzando-se sem cessar até tornarem-se indistintas no escuro do poente. Hora de parar, voltar para casa, banho bom, jantar quente e esperar pelo novo dia, pelo novo encontro, pela nova pelada. Capotão sob o braço, orgulho estampado, fantasia de craque: Gilmar, Djalma Santos, Beline, Orlando e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Pelé e Zagalo, o Brasil de 1958 estaria entrando em campo no domingo, em Solna na Suécia, para decidir a sexta Copa do Mundo de Futebol...Eu era um deles.
Continua ainda esta semana!
Os números da 9a Rodada!
9 de jul. de 2008
Os Números da 9a Rodada!
Assisitiu o jogo do seu time nessa rodada? Gostou do jogo? A equipe jogou bem? Acertou passes e lançamentos longos? Fez muitas faltas? Veja os números da rodada e tire suas conclusões!
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Bola de Capotão
8 de jul. de 2008
Bola de Capotão
Parte II
E eu fui um deles, um dos maiores. Mas fui também o mais teimoso, nunca desisti. Lembro-me até hoje, rejeitado, posto de lado numa interminável reserva, intimidado, olhar medroso para os bons, os que estavam sempre lá, os que nunca me viam; aquele “timaço”:
Peixito, Laércio e Tuta; Cheque, Calango e Calanguinho; Valdenir, Celso, Pelé, Landinho e Zé Pindoba. No banco: Piuí, Zé Ito e eu.
Piuí e Zé Ito eram mais moços, franzinos e muito ruins de bola. Meus amigos, colegas de infortúnio, passávamos horas à beira do gramado na espera de alguma chance de jogar. Que banco era aquele! E nós, titulares absolutos dele.
Nem todos os grossos são iguais, há diversas categorias deles e os desafortunados migram de uma para outra numa triste sucessão sem fim, só interrompida por desistência. Grosso nunca deixa de ser grosso, pode até melhorar um bocadinho, mas só consegue passar para outra categoria de grosso, jamais será bom de bola, nem com todo esforço do mundo. Vejamos algumas:
O grosso “meio grosso”: é o que, vez por outra, consegue executar um passe, tem um chute, digamos, até “fortezinho” embora completamente sem rumo, cabeceia com a tampa da cabeça mandando a bola lá para o céu e, com muita sorte, consegue um ou outro drible, bem simplesinho, sem evolução alguma, pura perda de tempo, mas...um drible. Nunca recebe um passe, somente bola espirrada, mas, em compensação, muita bronca.
O grosso “grosso”: um pouco pior que o “meio grosso”, com o agravante de atrapalhar muito os companheiros, de tropeçar nas próprias pernas e na bola e, principalmente, usar as mãos sem medir conseqüências.
O grosso “muito grosso”: é o sem noção. Não chuta, não cabeceia, não se posiciona jamais, não carrega a bola, não passa, pula alto no arremesso lateral, corre para o lado contrário, não vê, não ouve e não fala. Toma a bola do companheiro e entrega para o adversário e fura feio na cara do gol. Um verdadeiro desastre.
O grosso “irremediavelmente grosso”: pior que o “muito grosso”, por difícil que pareça, pois além de tudo é distraído, preguiçoso e se julga muito bom. Não se afasta muito da bandeira de escanteio, grita o tempo inteiro “passa, estou livre”, desorienta taticamente o time e censura toda e qualquer jogada. Um verdadeiro esquizofrênico alucinando, um desespero, um pesadelo.
Se há sutis diferenças, há também o que os unem e fazem iguais: o sempre presente sentimento de rejeição, de menor valia e de humilhação. A vontade de acertar, o amor e admiração pelo futebol. Assolados entre o infantil sonho fantasioso de reconhecimento e glória, contraposto à dura e inclemente realidade. Frustração é o nosso lema, silêncio tolerante, o nosso hino e o apupo o nosso único aplauso.
Continua ainda esta semana!
Bola de Capotão
7 de jul. de 2008
Bola de Capotão
Parte I
Bola de capotão é coisa de antigamente, o que faz de mim um cara antigo. Quando me vejo tão rico em memórias da infância e adolescência e não me lembro dos resultados da última rodada, se haviam dúvidas, já não as posso ter: sou mesmo um cara antigo. E são dessas reminiscências de um passado lá ao longe, que cada vez mais compõe meu pacote de memórias, que quero falar. Uma catarse quase necessária na ânsia de compartilhamento e antes que, também elas, confundam-se entre si deixando-me órfão de minha própria história, condenado a repetir por aí lengalengas em incoerente e chato discurso entre cochilos, que ninguém mais quererá ouvir.
Não vou falar de doenças nem de remédios, tampouco de namoradas e de primeiras vezes. Sequer da família, seus conflitos e alegrias, como também não dos estudos, colégios, professores, formaturas e demais chatices. Pai e mãe, só de passagem para compor o quadro.
Mas o que resta para falar então? Muito. Sobra o futebol, sobra minha bola de capotão. Sobram meus amigos, minha turma, minha pequena cidade do interior. Resta o meu campo de futebol, o “próprio da municipalidade”, cuja grama rala era também partilhada com os cavalos da prefeitura. Sobram as “peladas” e tudo que representaram nas fantasias, sonhos e realizações de uma criança como tantas outras, como em todos os tempos, o que faz de minha história, não um ranço mofado perdido no passado, mas algo que se renova a cada dia nas experiências de cada criança, ou muitas delas. Crianças correndo atrás de uma bola, centenas de Kakas, Ronaldinhos, Patos e Willians. Pés no chão ou pés nos nikes, com camisas versus sem. Cabeças avoadas, corações de pura paixão e ouvidos ensurdecidos pelo alarido de imaginários Morumbis, Pacaembus, Maracanãs.
Mas minha história é a história de um grosso.
Não o Grosso, brilhante lateral da seleção italiana, um dos melhores da copa de 2006. Não, não este. Mas grosso, sem habilidades, que mais atrapalha que ajuda, o não confiável, o que não se quer no time. Pode até ser esforçado, aplicado, correr como um cavalo sem rumo, mas nada rende, nada faz de bom, de proveitoso. Aquele que pede a bola e ninguém dá e que, quando a rouba, tem de passar logo antes que a perca. É o infeliz que acaba como gandula, única forma de tocar na pelota com alguma utilidade.
Continua ainda esta semana!
Fluminense garante o empate no clássico.
3 de jul. de 2008
Fluminense garante o empate no clássico.
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Mais um clássico na Região Sul e outro empate.
2 de jul. de 2008
Mais um clássico na Região Sul e outro empate.
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Clássico paranaense termina empatado.
Clássico paranaense termina empatado.
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