A Era Biro Biro: Os Biro-Biros do Futebol Atual Revivendo a aura do corintiano que se firmou como um autêntico polivalente dentro das quatro linhas Rodrigo Grassi Martins* Recentemente, por conta da campanha publicitária de uma grande multinacional, muito foi falado a respeito de Biro-Biro, um dos eternos ídolos do Corinthians. Este pernambucano que jogou por 11 anos (1978-1989) , sendo o quinto jogador que mais vezes vestiu a camisa do Timão, tendo disputado 592 jogos, notabilizou-se pela raça e por atuar na posição que fosse necessário. No Corinthians, foi campeão paulista em 4 oportunidades, na primeira em 1979 era meia-direita, em 1982 ponta-esquerda, em 1983 ponta-direita e em 1988 como volante, do meio para a frente jogou em todas as posições e até de quarto-zagueiro chegou a atuar. Outro jogador que marcou época no alvinegro paulista foi Wilson Mano, atuando no período de 1985 à 1992, o paulista de Auriflama também se notabilizou pela versatilidade - de todas as posições só não atuou no gol. Certamente tanto Biro-Biro quanto Wilson Mano deixaram saudades na fiel torcida. Ah se eles tivessem jogado o ano passado, certamente o Corinthians não teria caído para a segundona...poderia afirmar os corintianos mais otimistas. Mas o objetivo deste texto não é relembrar os grandes ídolos do Corinthians e seus tempos de glória. O foco aqui é exaltar um tipo de jogador que tem ganhado muita importância no futebol brasileiro atualmente: o Curinga. Em virtude das dificuldades financeiras dos times brasileiros é cada dia mais díficil manter seus principais jogadores no elenco. A procura dos times do exterior pelo "pé-de-obra" nacional aumenta anualmente. Soma-se a isso, o fato do atual sistema de disputa, por pontos corridos, do campeonato nacional, privilegiar as equipes com os melhores elencos. Uma solução cada vez mais utilizada pelos nossos times é rechear seus elencos com curingas.
Marquinhos Paraná: O Multi-Homem do Cruzeiro. Volante de formação Marquinhos não vem sendo tão utilizado nesta função. A concorrência no setor é grande Fabrício, Charles e Ramires compõe a trinca pricipal de volantes cruzeirenses. Entretanto na lateral direita ele é presença constante, o número reduzidos de opção para este setor é uma das carências do elenco, Jonathan é o outro lateral direito. A lateral esquerda com o instável Jadilson é outra posição carente do time celeste e freqüentemente Marquinhos atua também por aquele lado do campo. Seja nas laterais ou como volante, recentemente por conta da convocação de Ramires para as Olimpiadas, Marquinhos Paraná é um dos titulares da forte equipe do Cruzeiro. As imagens abaixo, obtidas da Prancheta Eletrônica**, mostram o posicionamento efetivo*** da equipe celeste em ação pelo Campeonato Brasileiro e ilustram bem a participação do curinga cruzeirense.
Cícero: O efeito surpresa do Fluminense. Revelado pelo Bahia, poxa que falta faz o tricolor baiano na elite, e com ótima passagem pelo Figueirense. Cicero chegou ao Fluminense para a temporada de 2007 ao lado do parceiro Soares, com quem formou ótima parceira no clube capixaba. O começo não foi dos melhores para ambos. Tanto que Soares não conseguiu se firmar e foi negociado com o Grêmio no início deste ano. Mas Cicero ficou e “estourou” no primeiro semestre de 2008. A boa campanha do Fluminense na Libertadores entrou para a história. Bons jogos, torcida lotando o Maracanã e empurrando o time. Foi um momento especial na história do clube. E Cicero foi um dos responsáveis diretos. O meia de formação ajudou o time a “encaixar”. Atuou como segundo volante, meia de ligação e de atacante. Sua capacidade em atuar em várias posições permitiu inclusive ao técnico Renato Gaúcho aplicar o chamado “nó tático” na partida de volta pelas quartas contra o São Paulo. Cicero entrou como segundo atacante e marcação do São Paulo não o achou em campo. Até o técnico paulista perceber a variação e encontrar a forma de marcar o tricolor das Laranjeiras era tarde e o Fluminense já vencia a partida. Renato usou a mesma estratégia contra o Boca e contra a LDU, variar o posicionamento de Cicero de acordo com a situação do jogo. Infelizmente as boas atuações de Cicero não foram suficientes para que o “Pó de Arroz” se sagrasse campeão da América. Mas foram suficientes para chamar a atenção dos estrangeiros. E o Hertha Berlin da Alemanha acabou levando o jogar para a Europa.
*Rodrigo é mestre em Ciência da Computação e responsável por projetos da ScoutOnline. Dados Fornecidos pela ScoutOnline |
A Era Biro-Biro: Os Biros-Biros do futebol atual.
24 de set. de 2008
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